ACP e ACAP já reagiram ao estudo dos diesel: “não tem qualquer interesse”

O Automóvel Club de Portugal (ACP) e a Associação de Comércio de Automóveis de Portugal (ACAP) já reagiram aos resultados do estudo da Federação Europeia dos Transportes e Ambiente (T&E), que concluiu que "as emissões poluentes emitidas pelos novos veículos a gasóleo atingem níveis mil vezes acima dos valores normais".

Os resultados do estudo foram divulgados esta segunda-feira pela associação ambientalista ZERO, que faz parte da T&E. Em causa os testes realizados com base em dois dos modelos mais vendidos na Europa: o Nissan Qashqai e o Opel Astra. Em comunicado, a instituição sublinha que, nos "testes realizados em dois dos veículos mais vendidos na Europa, a poluição dos novos veículos a gasóleo atinge níveis mil vezes acima dos valores normais".

Carlos Barbosa, presidente do ACP, em declarações à Rádio Renascença, já reagiu ao estudo e diz que "não tem qualquer interesse".

"Os estudos que nós temos, quer na Federação Internacional Automóvel, quer nas comissões de sustentabilidade, mostram precisamente o contrário, por isso este estudo para mim não tem qualquer tipo de interesse", referiu Carlos Barbosa, que não poupou nas críticas ao estudo em causa: "Não diz onde foi feito o estudo, quem o fez ou como foi feito".

Também a ACAP já reagiu às conclusões deste estudo, considerando que se trata apenas de "uma questão de diabolização dos automóveis, em particular dos Diesel". Em declarações à Rádio Renascença, Hélder Barata Pedro, da ACAP, afirmou ainda que "o Diesel emite menos 15% de CO2 do que a gasolina".

"Eles dão como descartável esta situação e estão sempre a diabolizar o Diesel, contudo, as pessoas transferem-se não para os eléctricos mas para os carros a gasolina", acrescentou Hélder Barata Pedro.

Carlos Barbosa, do ACP, afirmou ainda que acredita que a queda dos Diesel vai parar e aponta a "culpa" aos híbridos plug-in a gasóleo.

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